terça-feira, 12 de maio de 2009

O velho dos olhos amarelos

O velho passeia com o cachorro,
Que melancolia!
(É Belo Horizonte e ele sobe o morro)
Seu cão é sua única companhia

O peito dói a cada passo
E o cão não é mais do mesmo porte
Mas veja o olho, ainda aço,
De quem já causou alguma morte.

Pela tarde puxa o charuto
O cheiro que nunca perdeu
E tenta sofrer algum luto
Pela vítima que esqueceu.

7 comentários:

  1. "Mas veja o olho, ainda aço,
    De quem já causou alguma morte."

    não entendi...

    mas gostei do resto

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  2. Um pistoleiro ou caçador nunca sofre por sua vítima.
    Seu maior sofrimento é a solidão em que aguarda a própria morte...

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  3. Isso me lembra um filme que abriu o festival de Cannes. É um desenho, na verdade. Dizem que vem pro Brasil em setembro. :)

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  4. http://www.lokeshdhakar.com/2007/08/20/an-illustrated-coffee-guide/

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Encontrei, dia desses, uma conhecida que não via faz tempo... O olhar penetrante que ele me deu durante a conversa,
    com seus grandes olhos amarelos, fez com que eu encurta-se o assunto...

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  7. ola. me chamo leandro. sou novo nessa arte de blog. adoro poesia e navegando por ai achei o seu blog interessante. eu gosto de história, filosofia e cultura em geral. desculpa a invasão. se quiser pode me seguir. adoro trocar idéias! abraços!

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