quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nenhuma, nem duas, nem três e já!

Passou por mim e fingiu não me ver, normalmente eu ficaria chateado ou cumprimentaria só pra criar uma situação chata (pra ela, não pra mim). Mas fiquei agradecido, dessa vez, por ela “não ter me visto” e saído tão rápido da cafeteria que acabou esbarrando e jogando uma cadeira no chão. Não voltou pra levantar a cadeira. Seguiu em frente de cabeça baixa e passos nervosos.
Sorvi meu café com um riso cafajeste e vencedor nos lábios. O dono da cafeteria, um italiano, com quem eu tinha feito amizade percebeu que eu sentia um prazer diferente com a jovem que saíra tão atrapalhada e nervosamente do seu estabelecimento. Era isso. Depois de tanto tempo eu ainda a incomodava.
Acho que o incomodo se deu por conta de como as coisas aconteceram... Ela quase sempre me fazia uma declaração, que eu não correspondia. Não porque eu fosse sem coração, mas porque ela se dizia mais de uma e eu a deixei incutir em mim essa idéia. Como poderia, eu, saber qual delas de fato era a dona da declaração?
Ela acreditava que era mais de uma. Nunca conseguiu nem ser uma completa.

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